Atendendo
a um pedido do Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB), Ivanildo
Pereira de Sousa, 53 anos, está cumprindo prisão preventiva na Cadeia
Pública do Município de São João do Cariri (cidade do interior
paraibano, de 4.344 habitantes e localizada a 216 quilômetros da
capital, João Pessoa).
Ivanildo é acusado de crimes de maus-tratos,
abandono, exploração e apropriação indébita contra uma família composta
por uma idosa, uma portadora de deficiência mental e um menor de idade.
O
pedido de prisão preventiva partiu do promotor de Justiça José Bezerra
Diniz, da Promotoria de São João do Cariri, depois que foi constatado
que Ivanildo, na condição de procurador de duas das três vítimas,
praticou vários ilícitos penais.
“Ele, há mais de sete anos, gerenciava os recursos dessas pessoas
indefesas e mantinha em seu poder as senhas bancárias das duas e outros
dados. Ele ficava com todo o dinheiro, enquanto as duas e o menor viviam
em condição de miséria”, relata o promotor José Diniz.
De
acordo com as investigações, o acusado ficava de posse do benefício
previdenciário de uma das vítimas e da aposentadoria de outra, cujos
valores mensais somados ultrapassavam os R$ 5 mil. “Ele também contraiu
empréstimos bancários em nome de uma das vítimas, chegando ao valor de
R$ 23.700,00”, aponta José Diniz, adiantando que está encaminhando uma
ação de cancelamento de empréstimo junto aos bancos. “E o acusado também
terá que ressarcir todo o recurso que foi desviado dessa família”.
Enquanto
o acusado ficava com os recursos, as três vítimas estavam vivendo sem
alimentação adequada, vestuário, medicamentos e morando numa residência
sem nenhuma estrutura e com aparência de abandono. “Ele submeteu essas
pessoas a tratamento desumano e vil, deixando-as em estado de abandono”,
lamenta o promotor de Justiça, informando que outra pessoa da
comunidade, considerada idônea, já está responsável como nova
procuradora da idosa e da portadora de deficiência mental.
As
vítimas exploradas por Ivanildo Pereira de Sousa são a viúva aposentada
Amélia Maria da Conceição Sousa, de 85 anos e com as duas pernas
amputadas; sua filha Maria Rosemary de Sousa, de 36 anos e com
deficiência mental; e o menor adolescente C.P.S.L., de 16 anos.