sexta-feira, 27 de julho de 2012

‘Eu queria criar ela’, diz suspeita de sequestrar bebê em Campina Grande

Click Monteiro | 14:27 |

Mulher disse que criaria a menina junto com outros cinco filhos.

Vizinhos estranharam o novo bebê e chamaram a polícia.



A mulher suspeita de sequestrar a recém-nascida Vitória do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, na quarta-feira (25), foi presa nesta quinta (26) e ouvida pela delegada Alba Tânia, da Delegacia de Crimes Contra a Infância e Juventude. 

Em entrevista à TV Paraíba, ela explicou porque levou a menina. “Eu queria criar ela. Eu pedi a mãe dela. Ela disse ‘eu queria dar, se meu marido deixasse, eu dava’. Eu gostei muito dela”, disse a suspeita, Marilúcia Nascimento, de 37 anos.

Marilúcia foi encontrada pela polícia após uma denúncia do bairro do Tijolo Cru, em Ingá, cidade localizada a 32km de Campina Grande. É lá onde a suspeita mora com mais cinco filhos e a vizinhança estranhou quando ela chegou com um novo bebê. "Todo mundo achou estranho porque ela tem vários filhos. Como é que ela, ligada, pode ter outro?”, questionou o estudante, Leandro Lima, que chamou a polícia. Apesar de já ter vários filhos, Marilúcia disse à reportagem da TV Paraíba que isso não ia ser um problema. “Do jeito que eu criei os meus, eu criava ela”, garantiu.


Ela ainda chegou a afirmar que a menina era filha dela, mas acabou entrando em contradição e foi presa em flagrante. Ela deve ser autuada pelo crime de subtração de criança, cuja pena varia de 2 a 6 anos de prisão. Como foi presa em flagrante, ela não terá direito a pagar fiança e será encaminhada direto para o Presídio Feminino de Campina Grande

Quando encontrou a menina pela primeira vez após o sequestro, a mãe era só sorrisos. “É muita alegria né?”, disse emocionada. A bebê Vitória foi examinada por médicos do ISEA e passa bem.
 
O sequestro
 
A menina nasceu na semana passada no ISEA, junto com uma irmã gêmea, que morreu no 
parto. Uma mulher desconhecida se ofereceu para ajudar a mãe e levou a criança dizendo que ia fazer exames “no coraçãozinho e orelhinha”. Depois disso, ela não apareceu mais. A polícia desconfia que a mulher já estava há alguns dias no hospital disposta a sequestrar um bebê.

A polícia chegou à mulher através de informações do Disque Denúncia 197. A menina saiu do ISEA enrolada em uma manta verde, com o cartão de vacina e atestado de que tinha nascido viva. 

A equipe do hospital liberou a saída porque acreditava que a mulher era mãe da bebê. A direção do ISEA informou que, de agora em diante, as crianças só vão poder sair da unidade hospitalar supervisionadas por alguém da equipe de enfermagem.

Do G1 PB, com TV Paraíba
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