O
deputado Gervásio Maia (PMDB) trouxe à tona novas denúncias sobre a
trajetória da Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa) no mundo
financeiro, que podem sepultar o pedido de empréstimo da ordem de R$ 150
milhões para estancar a sangria administrativa na autarquia, com aval
do governo do estado.
De acordo com o líder da oposição na
Assembleia Legislativa, só este ano a companhia contraiu empréstimo de
32 milhões de reais junto ao Banco Gerador. "Os oito contratos no valor
de R$ 32.129 mi são danosos aos cofres públicos".
Exemplificando,
Gervásio Maia revelou que apenas de dois contratos financeiros e que já
começaram a ser pagos, a Cagepa pagou ao Banco Gerador que tem sede em
Recife - Pernambuco - a título de comissão 500 mil reais.
- O
empréstimo feito em 15 de abril de 2012, no valor de R$ 2 milhões, a
autarquia depositou 200 mil reais de comissão. Já o contraído em 18 de
abril deste ano no valor de R$ 2.120 mi, a Cagepa pagou a título de
comissão 300 mil reais.
O parlamentar ainda considerou uma
aberração jurídica a cláusula 4º do contrato de empréstimo entre a
Cagepa e o Banco Gerador: 'para liquidar o empréstimo a companhia terá
de pagar mais 5% a título de esforço bancário", diz.
Em entrevista à uma rádio local, Gervásio Maia informou que a Cagepa já prepara um novo aumento na taxa de consumo. O pedido de aumento será de 9,75%, e já foi já encaminhado à agência reguladora das água.
Hoje o Gerador pertence aos empresários Paulo Sérgio Freire Macedo - dono do Grupo Nordeste, de transportes de valores, com faturamento anual próximo a R$ 1 bilhão - e Severino José Carneiro de Mendonça, dono também de uma empresa de correspondente de crédito consignado. O pesquisador Antonio Lavareda, sócio do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) .
Fonte:ClickPb