Caminhoneiros protestaram em estradas federais de cinco estados.
A Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, foi uma das rodovias mais atingidas.
Protestos de caminhoneiros interromperam o tráfego em 27 trechos de
rodovias federais. Uma das mais atingidas foi a Fernão Dias, que liga as
regiões metropolitanas de São Paulo e de Belo Horizonte.
Durante as negociações com caminhoneiros, a operação nas rodovias de Minas Gerais vai ser reforçada por policiais de setores administrativos, por agentes da Polícia Rodoviária Federal lotados em São Paulo e por um helicóptero normalmente usado no Distrito Federal.
Jornal nacional
Há três dias, a situação na Fernão Dias é de filas intermináveis, e
quilômetros e mais quilômetros de congestionamento. Por causa do
protesto dos caminhoneiros, houve confusão em Itatiaiuçu e Carmópolis de
Minas. O batalhão de choque foi acionado.
“Sempre fazemos negociações, até esgotarem as possibilidades. Somente
em último caso vai ser feito o uso da força”, diz o tenente-coronel
Cícero Cunha, comandante da PM-MG.
A polícia teve que agir em outras rodovias mineiras. Na MG-050, na
altura de Itaúna, ônibus foram apedrejados e o batalhão de choque
conteve os manifestantes. Carlos tentava levar a mulher para um hospital
em Belo Horizonte. “Minha esposa está sangrando no carro eu não posso
ir embora”, disse ele.
Na BR-040, saída para o Rio de Janeiro perto de Moeda, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte, um carro funerário que seguia para a
Zona da Mata ficou retido no congestionamento. No veículo estava o corpo
de um bebê que morreu de meningite. Nesse mesmo trecho, um caminhoneiro
disse que foi agredido por colegas que pensavam que ele ia seguir
viagem. “Pensei que ia morrer”, contou ele.
Em Governador Valadares, uma barreira de pneus fechou a BR-116. Os
motoristas reclamam dos pedágios, do preço dos combustíveis e de uma lei
que obriga intervalos de descanso durante a jornada de trabalho.
De acordo com a Polícia Rodoviária, houve manifestação em 27 trechos de
estradas federais em cinco estados. “Para quem for viajar o ideal é
cancelar momentaneamente esses planos por causa da situação, que no
momento está bastante complicada em todo o território de Minas Gerais e
do Brasil de um modo geral”, explicou o inspetor da polícia Rodoviária
Federal Adilson de Souza.
Motoristas bloquearam a BR-282, em Catanduvas, no oeste catarinense. Na
rodovia estadual PR-182, entre Toledo e Assis Chateaubriand, no Paraná,
as filas chegaram a 15 quilômetros.
A situação é mais complicada na Região Metropolitana de Belo Horizonte,
onde há pontos de bloqueio nas duas pistas em direção a São Paulo. A
polícia tenta negociar a liberação de uma das faixas para a passagem de
ônibus, carros de passeio e veículos de emergência.
Pela Fernão Dias, circulam cerca de 80 mil caminhões e ônibus
diariamente. De acordo com a Federação das Empresas de Transportes de
Carga de Minas, cada caminhão parado dá um prejuízo de R$ 40 por hora.
Durante as negociações com caminhoneiros, a operação nas rodovias de Minas Gerais vai ser reforçada por policiais de setores administrativos, por agentes da Polícia Rodoviária Federal lotados em São Paulo e por um helicóptero normalmente usado no Distrito Federal.
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