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Foto: divulgação |
Algemar o preso na cama do hospital e não tirar o olho do sujeito.
Esse é, resumidamente, o procedimento para quem esteja responsável pela custódia de apenados em unidades hospitalares. Quando uma dessas medidas deixa de ser adotada, pode ser problemão.
O ‘problema’ é que, às vezes, o profissional responsável pela vigilância se deixa levar por uma série de fatores que acabam lhe prejudicando no final da história. Vejamos alguns deles:
Algemas– “Precisa algemar mesmo um preso doente?” Depende da enfermidade. É claro que um indivíduo sem as duas pernas vai encontrar sérias dificuldades de sair correndo. Mas por muito menos, agentes e/ou policiais militares acabam dando um voto de confiança ao preso, deixando-o de mãos livres. Muitas vezes, isso resulta em ‘liberdade’.
Direitos Humanos/Sociedade– Nas matérias da imprensa não sai, mas muitas vezes essa omissão do agente ou PM é turbinada pela enchida de saco de algumas pessoas que, embora aparentem boas intenções, não têm a mínima noção do que estão propondo. “Oh, seu guarda, precisa algemar ele não; ele está tão abatido”; “esses guardas são muito prepotentes, algemar uma pessoa enferma num hospital?!” E por aí vai. Até que um dia, algum ‘guarda’ se sensibiliza e cai na conversa. Pode ser um passo para um processo criminal e administrativo.
Corrupção– Existe ainda a hipótese da corrupção: “tu me dá ‘X’ que eu faço vistas grossas para a sua fuga espetacular”, proporia o agente ou PM ao custodiado. A nosso ver, negociata é até possível de ser feita, porém muito arriscada. O sistema prisional e o modelo de segurança pública no Brasil oferecem alternativas muito mais simples e lucrativas de se ganhar dinheiro sujo [é triste, mas é verdade]. Deixar preso fugir de hospital em tramóias de corrupção ‘dá na cara’ demais.
Na madrugada deste sábado
A polícia está investigando o que aconteceu em um hospital particular de Garanhuns, em Pernambuco, onde um preso simplesmente “caiu da janela do primeiro andar” onde estava.
Segundo jornais pernambucanos, a polícia já sabe que um amigo do preso posicionou um colchão lá embaixo para amortecer o impacto do pulo. No entanto, o detento errou os cálculos e caiu no ‘chão limpo’. Quebrou o pescoço e morreu na hora.
O custodiado foi condenado a uma pena de 6 anos, por crime de estelionato. De acordo com sites locais, ele pesava quase 200kg...
Omissão? Corrupção? Pressão caridosa da sociedade para não deixar o homem algemado? O que aconteceu neste caso em Pernambuco?
Todo cuidado é pouco. ‘Alguém’ certamente vai perguntar por que o preso conseguiu pular a janela...
ParaíbaemQAP