A
Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (31/10), uma operação
para desarticular fraudes em precatórios que chegam a R$ 3 bilhões.
Os
agentes, cerca de 200, estão cumprindo 64 mandados de busca e apreensão e
dois mandados de prisão.
Batizada de Pretório, a operação foi
deflagrada em Rondônia, Mato Grosso, Brasília, São Paulo, no Amazonas e
na Paraíba.
Entre os investigados por irregularidades nos pagamentos dos
precatórios – que são dívidas do Poder Público que devem ser pagas por
decisão judicial – estão advogados, um juiz do trabalho e o corregedor
do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região.
O Superior Tribunal de Justiça (STF) afastou preventivamente o juiz e o corregedor dos respectivos cargos, segundo a PF.
Na
operação, a PF também investiga o pagamento de honorários advocatícios
sobre os precatórios. Um só advogado teria recebido cerca de R$100
milhões, conforme as investigações. Segundo a PF, o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) determinou o bloqueio de mais de R$300 milhões que seriam
pagos como uma das parcelas do precatório.
O
Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento preventivo
do juiz do Tribunal Regional do Trabalho responsável pelos precatórios
sob suspeita e do Corregedor do TRT da 14ª Região.
A
decisão dos juízes envolvidos sobre os valores a serem pagos, e também
sobre a incidência de juros e correção monetária que elevaram
exageradamente os pagamentos, também estão sob investigação. O Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) bloqueou mais de R$ 300 milhões que seriam
pagos como uma das parcelas do precatório.
Cerca
de 200 policiais estão cumprindo, desde a madrugada, 64 mandados de
busca e apreensão, e dois mandados de prisão, nos estados de Rondônia,
Mato Grosso, Brasília, Amazônia, São Paulo e Paraíba. A polícia ainda
investiga quem seriam os seus reais beneficiários dos valores recebidos.
Na
tentativa de evitar as investigações, os alvos da Operação Pretória
ameaçaram autoridades públicas, entre eles um policial federal, um juiz e
uma servidora da Justiça que, por ter flagrado a entrega de dinheiro a
um magistrado, foi ameaçado e encontra-se sob proteção policial.
Agência Brasil
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