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ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo |
Os
ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo (foto), e o advogado-geral
da União, Luís Inácio Adams, foram convocados para ir ao Congresso, na
semana que vem, prestar esclarecimentos sobre a "Operação Porto Seguro",
da Polícia Federal, que investiga uma quadrilha que vendia pareceres
técnicos e jurídicos para empresas com negócios com o governo.
Cardozo
será ouvido em uma audiência pública conjunta das comissões de
Fiscalização e Controle e de Segurança Pública da Câmara. Já Adams
comparecerá em sessão conjunta das comissões de Assuntos Econômicos e de
Meio Ambiente do Senado.
Impedida
pelo PT paulista, a oposição não conseguiu aprovar a convocação de
Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em
São Paulo.
Mas o PSDB apresentou um outro requerimento à Comissão Mista
de Controle de Atividade de Inteligência pedindo a convocação dela.
Por não ser uma comissão permanente, ela precisa ser convocada a partir do requerimento feito ontem (27/11) pelo PSDB da Câmara.
A
presidente Dilma Rousseff liberou a base para aprovar a convocação dos
dois ministros para prestar esclarecimentos sobre o caso. O único
cuidado tomado foi realizar as audiências apenas na semana que vem, na
expectativa de que o caso esfrie.
Além
disso, a presença dos ministros perante os parlamentares reforça a
estratégia de tirar o foco da crise de dentro do Palácio do Planalto.
“A
Polícia Federal investigou e abriu inquérito. O governo afastou os
envolvidos para investigar e demitiu os que tinham cargo de confiança.
Vamos esperar a PF concluir o inquérito”, disse o líder do PT na Câmara,
Jilmar Tatto (PT-SP). “Não há problema em ministros prestarem
esclarecimentos. O governo é republicano e a Polícia Federal tem
autonomia administrativa para investigar”, afirmou.
PBacontece
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