quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Protesto congestiona trânsito na PE-60, no Cabo de Santo Agostinho

Click Monteiro | 20:27 |
Manifestantes atearam fogo em pneus
 (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem/AE)

Moradores afirmam que governo só tem terra para empreendimentos.

Segundo o BPRv, engarrafamento chegou a cerca de dois quilômetros.


Um protesto, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (2), na PE-60, no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, deixou a rodovia congestionada por cerca de dois quilômetros, segundo o Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv). De acordo com a polícia, os moradores da região protestam contra o governo de Pernambuco e o Complexo Industrial Portuário de Suape.
Segundo o BPRv, eles afirmam que o governo estadual possui terra para o empreendimento, mas não tem para eles. O engarrafamento chegou próximo ao Shopping Costa Dourada, no sentido Recife/Cabo. A polícia e o Corpo de Bombeiros de Pernambuco estiveram no local, para controlar a situação.

Os manifestantes colocaram fogo em pneus e bloquearam totalmente a PE-60, principal acesso às praias do Litoral Sul do estado, próximo a uma passarela de pedestres. Foram registradas, no local, bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Suape

Segundo nota enviada à imprensa, o Complexo Industrial Portuário de Suape identificou os manifestantes como posseiros, pessoas que invadiram terrenos pertecentes à empresa anos atrás, e disse que a saída deles do local "está vinculada às políticas de proteção das áreas de preservação ecológica e implantação dos empreendimentos de grande importância para a geração de emprego e renda no Estado".

A nota continua explicando que, como as terras pertencem ao Complexo, os posseiros não têm direito a ressarcimento pelo terreno. Eles recebem apenas idenização pelas benfeitorias, como uma casa construída ou uma plantação. O valor do pagamento é definido a partir de um laudo técnico, elaborado por um avaliador externo, segundo as normas da ABNT (NBR - 14653). O acordo firmado é homologado na Justiça. Caso não haja consenso durante a negociação - 90% dos casos são resolvidos nesta fase, o Complexo aciona o Poder Judiciário para decidir sobre o valor da indenização.

A nota termina afirmando que a empresa cumpre todos os acordos ou decisões judiciais e uma equipe de assistentes sociais acompanha o processo. Em 2011, Suape informa ter pago R$18 milhões em indenizações

.Do G1 PE
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