João Burguesa se foi, mas fica um legado…
Por: Edinaldo Lucena Batista.
Tomei conhecimento do falecimento do meu tio, João Batista, que ocorreu hoje (28/01) às 08h30min em Monteiro (PB). Ele estava com a idade bastante avançada e sofria do mal de Alzheimer. Em visita ao mesmo, no dia 08/01 e que ali (em um leito) já não mais havia o homem que durante minha infância me transmitiu coragem e disciplina.
Era o irmão mais velho do saudoso poeta Firmo Batista e do meu pai Eduardo. Era um excelente profissional, cuja especialidade maior era o arqueamento de feixes de molas, suspensões de veículos/especialmente caminhões. Sua oficina (sempre) era hiper organizada, e sua dedicação/exigência ao ofício se dava de forma extremada.
Ganhou o apelido de João Burguesa (carinhosamente chamado por muitos) por se dedicar em determinada época a criação de pombas “burguesas”. Creio que no início da década de 70.
Era um homem simples, com temperamento forte, porém o seu humor era algo muito especial que o tornava um doce de pessoa. Lembro-me inclusive, que havia momentos que saía com as “famosas tiradas” ou com a incrível arte de apelidar aos outros (era um imenso repertório de apelidos), e aquele que fosse apelidado por ele, certamente ficaria marcado para sempre.
Aproveito para transmitir os pêsames à esposa Dª. Áurea e à família enlutada, em especial minha prima Socorro Batista, que se dedicou ao máximo, ao seu genitor. Grande prova de dedicação e amor, que sirva de especial exemplo para esse (irreconhecível) mundo em que vivemos e convivemos.
João Burguesa se foi, mas fica um legado de um forte caráter do bem, da simplicidade, da humildade, do respeito, da dignidade e de uma grandeza toda especial, para quem o conheceu em vida, aí na minha querida Monteiro/PB.
“Que DEUS misericordioso a acolha no Reino dos Céus”.