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(Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo) |
Uma
pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de
São Paulo (foto) descobriu que um pedaço da proteína miosina Va pode ser
eficiente no tratamento contra o câncer.
De acordo com o estudo, essa
proteína, que é responsável pelo transporte de algumas organelas do
corpo, pode inibir o crescimento de tumores e reduzir em 30% a
mortalidade pela doença.
A
tese de doutorado do biomédico Antônio Carlos Borges, orientada por
Enilza Maria Espreaficoa, revelou que um fragmento da miosina Va,
isolado, consegue barrar o crescimento do melanoma em modelo animal.
Para
o estudo, foram criadas células tumorais com um pedaço de DNA
responsável pela produção apenas deste pedaço da miosina. Essas células
foram, então, usadas para induzir tumores em camundongos.
Após
28 dias, os pesquisadores perceberam que enquanto cerca de 90% dos
animais com o fragmento de miosina continuavam vivos, apenas 60% do
grupo controle haviam sobrevivido. Os tumores que foram controlados com a
proteína também tiveram um crescimento em volume significativamente
menor.
"A
introdução desse fragmento foi suficiente para matar células do
melanoma, um câncer muito resistente aos tratamentos quimioterápicos",
diz Borges em entrevista ao site de VEJA.
Este
pedaço da proteína miosina Va consegue ajudar no combate do tumor
porque, ao contrário da proteína completa, impede que substâncias
consideradas tóxicas sejam carregadas para fora da célula.
Em situações
normais, estas substâncias levam células “com defeito” a cometer
suicídio.
Algumas células cancerosas, no entanto, perdem a capacidade de
fazer esse controle, começam a se multiplicar e acabam dando origem ao
tumor.
Pbacontece.
Pbacontece.