OAB convoca reunião pra definir apuração de suposta venda de sentenças na PB
As informações que estão circulando na imprensa e na classe política paraibana apontando para a existência de um magistrado paraibano que julga pelo dinheiro e não pelo Direito chamaram a atenção da Ordem dos Advogado do Brasil, seccional Paraíba.O presidente da OAB paraibana, Odon Bezerra, anunciou neste domingo que vai convocar para esta segunda-feira uma reunião da diretoria da entidade a fim de discutir as medidas a serem adotadas com vistas a envolver a Ordem nas investigações sobre o caso.
Segundo Odon Bezerra, as informações sinalizam para algo muito grave e precisam ser passadas a limpo. “Ou a gente descobre se há de fato uma laranja podre ou se coloca um ponto final neste assunto porque está comprometendo todo o Judiciário paraibano”, disse o presidente da OAB paraibana.
E faz certíssimo. Como já dissemos, é preciso que as autoridades se envolvam no caso para contribuir com as investigações. E não só à OAB, mas a Associação dos Magistrados da Paraíba, as corregedorias dos tribunais instalado no Estado e toda sorte de entidades que querem uma Justiça séria, honesta e comprometida com a verdade.
Aproveito, inclusive, este espaço para mandar um recado direto a todo aquele que acha que a imprensa é o principal alvo dessa investigação. A imprensa, caros leitores, é uma colaboradora. Não vende sentença. Denuncia quem vende.
E possui informações que podem contribuir com o início de investigação. Que pode, se for bem feita, até chegar a conclusão que não há esquema algum. Mas que não pode deixar de ser feita.
Entretanto, ninguém ou autoridade alguma fique achando que vai intimidar a imprensa com ameaças. Deixem de corporativismo e usem nossas palavras pra apurar se há de fato quem queira manchar a sagrada toga do Judiciário paraibano.
Não resolvam o problema ameaçando quem o descobriu. Resolvam o crime banindo quem, eventualmente, o comete.
E lembrem-se: a imprensa também tem entidades e força pra denunciar qualquer abuso contra o exercício profissional jornalístico. Estamos no Brasil, um país onde a liberdade de imprensa, aliada ao respeito aos limites, é uma grande ferramenta para consolidação da democracia.
Tenho dito.
Fonte:Luís Tôrres
